A teoria dos 4 graus de separação

Costumo abrir minhas palestras e pitches (apresentação do nosso trabalho) dizendo que “redes sociais são canais de relacionamento”. Hoje vou contar uma história bem interessante sobre conexões.

Você já ouviu falar da teoria dos 6 graus de separação? 

De acordo com a teoria, que teve origem na literatura (na conto de Frigyes Karinthy, de 1929, chamado “Láncszemek” –  que quer dizer Correntes), quaisquer 2 pessoas estão distantes por no máximo 6 laços de amizade.

Na década de 1960, o psicólogo americano Stanley Milgram decidiu testar a teoria. Ele desafiou 300 pessoas a encaminharem um cartão postal a um destinatário específico escolhido por ele. Para isso, essas pessoas deveriam enviar o cartão a um conhecido, que faria o mesmo, até que o cartão, finalmente, chegasse ao destino.

Ele descobriu que os cartões passaram por 6 etapas até chegarem ao destinatário final.

O experimento foi repetido em 2002, por pesquisadores da Universidade de Columbia (EUA) com mais de 61.000 pessoas e 18 destinatários definidos, porém, utilizando e-mails. Apenas 324 mensagens chegaram aos 18 escolhidos. Os e-mails passaram por 5 a 7 pessoas, em média, antes de alcançarem o destino final.

Em 2016, o experimento foi realizado novamente. Desta vez, o Facebook fez o cruzamento estatístico de dados usando seu algoritmo para identificar as conexões de 1,59 bilhão de usuários. 

A descoberta foi bem interessante: estamos muito mais conectados nas redes sociais do que no mundo off-line. Nas redes, o grau de separação das pessoas ficou entre 3,5 e 4,5, em média.

Ou seja, em teoria, se você decidir mandar uma mensagem para uma pessoa com a qual você não tem amizade (pense numa pessoa famosa – celebridade, político, religioso, etc.), só precisará que seus amigos compartilhem a sua mensagem e que ela seja compartilhada mais 3 vezes por amigos e amigos de amigos deles para alcançar o destino.

É claro que as relações podem não ser tão simples e exatas como a teoria faz parecer, mas é bem interessante pensar no quanto estamos próximos uns dos outros nas redes sociais.

Sempre que desenhamos a estratégia de comunicação em redes sociais de um novo cliente, imaginamos quem são as pessoas que queremos que sejam impactadas pelas mensagens e definimos caminhos para incentivar as conexões do cliente a levarem essas mensagens adiante até que atinjam o objetivo.

Cintia Cury – diretora de Comunicação e Marketing Digital da MarcoIten