Campanha de Deputado vencedora ou “Rolezinho”?

Por Marco Iten –

“Rolezinho” é a palavra da moda. É a bagunça convocada, uma turba de gente sem muita motivação, razão ou consciência dos desdobramentos de seus atos. Um inventa, convoca alguns e o “rolezinho” tem hora pra começar – pura diversão e inconsequência. Ao me deparar com mais esse modismo, pela Imprensa, logo associei o caso às Eleições de Deputados… Muitos inventam ser candidato. Acabam convidando alguns para o “projeto”… A bagunça tem hora pra começar e para terminar: 5 de Outubro de 2014. O saldo? Negativo: Alguns votos (insuficientes, é claro); dívidas financeiras e compromissos não saldados, frutos de promessas, expectativas não alcançadas, esperanças confrontadas com a realidade.

Campanha para a eleição de deputado é outra coisa. Bem diferente. É preciso planejamento, candidato preparado, equipes qualificadas e a necessidade de projeto político e eleitoral definido, baseado em termos cada vez mais carentes no cenário político: Representatividade e Legitimidade.

Representatividade e Legitimidade são capitais políticos e pessoais inerentes aos bons políticos. A boa notícia é que são características que também podem ser construídas pelo futuro homem público – basta bom projeto e disposição para o trabalho. Num país onde a sociedade está inerte, apática, desiludida, há enorme espaço para a busca da representatividade de segmentos da sociedade. Basta planejamento e trabalho.

Vivemos uma situação em que os próprios partidos políticos – pasme! – refutam lideranças representativas e legítimas… São ameaças aos “donos” desses negócios chamados partidos políticos. Muito esquisito vermos partidos preferirem palhaços e pseudoartistas como símbolos de seus quadros a pessoas com qualidade e conteúdo.

Almejando as mais de 1.100 vagas de deputados estaduais/distritais ou as vagas de deputados federais e senadores, veremos milhares de “rolezinhos” num processo intenso de distribuição de “santinhos” pelas esquinas e vários acordos espúrios com empresários, prefeitos e pastores, Brasil afora.

Boa parte dos eleitos, certamente, trabalha hoje realizando um planejamento mais apurado de suas futuras ações eleitorais, razão da consciência de que uma campanha é efetivamente um projeto político que impõe a qualificação do candidato, das equipes, na Mensagem e dos meios de se fazer um legítimo representante do cidadão.

E aí? “Rolezinho” ou campanha eficiente?

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